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Apresentação

A Osteopatia é recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que a define em uma modalidade de cuidados de saúde centrada no paciente. Utiliza o contato manual para a abordagem de disfunções somáticas e orgânicas, enfatizando a integridade estrutural e funcional do corpo e sua tendência intrínseca à própria cura.

 

Nos Estados Unidos é de prática da medicina. Alguns países da Europa como Inglaterra, França e Bélgica é um curso de graduação sendo na Espanha especialidade da Fisioterapia.

 

No Brasil a Osteopatia é uma especialidade da Fisioterapia (resolução nº 398 de 03 de agosto de 2011) e sua formação possui duração de 5 a 6 anos. 

 

O tratamento osteopático é manual (utiliza-se as mãos para tratar) e não existe prescrição de medicação nem cirurgia. Sendo assim, todo procedimento é derivado a partir do histórico de vida e atividades, cronicidade do problema e individualidade biológica de cada indivíduo.

 

Indicações:

 

Os pacientes procuram atendimento osteopático para tratar dores no coluna lombar, coluna torácica, coluna cervical, torcicolos, travamentos, hérnias discais, ciatalgias, neuralgias cervicobraquiais, problemas e dores nas articulações dos ombros, cotovelo, punho, mão, quadril, joelho, tornozelo, pés. Dores musculares devido tensões, lesões relacionadas ao esporte, cefaléias, enxaquecas. Vertigens. 

 

Distúrbios da articulação têmporo-mandibular (ATM), distúrbios de deglutição, rinites, sinusites, aderências pós cirúrgicas, pós infecções e pós inflamações, asma brônquica, constipação intestinal, hérnia de hiato, distúrbios hepatobiliares e alterações do sistema digestivo. Alterações do ciclo menstrual, síndrome pré menstrual e patologias de origem visceral.

Origem e significado do nome

O nome OSTEOPATIA se baseou no grego antigo onde OSTEÓN significa estrutura e PATHOS manifestação, sendo o termo sendo entendido como “manifestação da estrutura”. Indica a partir de sua definição a leitura de que se a estrutura está equilibrada a manifestação será a saúde do indivíduo e, se a estrutura está desequilibrada, a manifestação é a enfermidade do indivíduo.

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Sobre o histórico da abordagem manual

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A História mostra que a abordagem manual existe desde os anos 5000 A.C., onde papiros do Egito faraônico representam imagens de manipulações articulares. Na Grécia Hipócrates descreve em seus trabalhos manipulações articulares. Em Roma (131-201 D.C.) o médico do imperador tratou a nevralgia cervicobraquial do historiador Pausanias com abordagem manual sobre as cervicais. A idade média foi um período sem relatos, no IV Concílio de Latran, em 1215 colocou a cirurgia a cargo dos barbeiros e as manipulações aos cuidados dos curandeiros. Na Europa especificamente na Espanha em 1527, Luiz de Mercado, foi o primeiros universitário a utilizar e ensinar as manipulações, ele utilizava manobras de redução por pressão direta sobe tração. Durante o Renascimento surgiram pela Europa numerosos curandeiros. Existem relatos do doutor Miguel Léon Portilla no século XV de manipulações realizadas por astecas e do navegante Cook em 1768, na Polinésia, onde foi tratado de dores torácicas pelos indígenas.”

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Os princípios da Osteopatia

A Osteopatia tem como base quatro princípios também conhecidos como Leis de Still:

 

Primeiro Princípio: A Estrutura Governa a Função.

 

A estrutura representa as diferentes partes do corpo: os ossos, músculos, fáscias, vísceras (orgãos), glândulas, pele. O ser humano é considerado como um todo único e indivisível.

A função é a atividade de cada uma dessas partes, derivada em função respiratória, cardíaca, digestiva, muscular e nervosa. Esse princípio conclui que a doença não pode desenvolver se a estrutura está em harmonia.

 

Segundo Princípio: A Unidade do Corpo.

 

O corpo humano tem a capacidade de encontrar ou reencontrar seu equilíbrio (físico, bioquímico, mental), homeostasia complexa interação de sistemas e processos envolvidos na preservação da saúde. Esse princípio conclui que os sistemas hormonal, circulatório, linfático, nervoso e musculoesquelético interagem para a preservação e recuperação da saúde.

 

Terceiro Princípio: A autocura.

 

O corpo possui todos os meios necessários para eliminar ou evitar as doenças. Quando existem obstáculos para o organismo funcionar corretamente como bloqueios articulares, alteração de condução nervosa aferência e eferência, dificuldades circulatórias que alteram a nutrição celular e eliminação dos produtos finais do metabolismo, a “doença” poderá se instalar. Esse princípio conclui que é importante remover os obstáculos para o corpo trabalhar equilibrado.

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Quarto Princípio: A regra da Artéria.

 

O sangue é o meio de transporte de todos os elementos, assegurando uma imunidade natural sendo portanto, o papel da artéria primordial, concluindo que sua perturbação levará à deficiência na circulação.

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pincipios

Sobre o legado do Dr.Andrew Taylor Still.

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Dr.Andrew Taylor Still em 1914

Andrew Taylor Still nasceu em Jonesborough na Virgínia no dia 06 de Agosto de 1828, seu pai era médico e pastor metodista. Sua família mudou-se para o Tennessee quando Still tinha 6 anos de idade. Três anos depois seu pai foi nomeado missionário no Missouri e a família mudou-se. Still morou no Kansas quando tinha 16 anos, aos 18 anos casou-se. No ano de 1859 sua esposa faleceu deixando-o com três filhos. O contexto no qual vivia, época dos pioneiros e desbravadores do meio oeste americano o fez viver entre índios e a natureza do interior do país. 

 

Ainda jovem Still sofria enxaquecas e náuseas, que aliviava apoiando a nuca em uma corda estendida entre duas árvores, ele espantava-se com doenças comuns na época como varíola, cólera e meningite e com os métodos utilizados pela medicina para tratar as doenças.

 

Iniciou estudos de medicina em Kansas City, no colégio de Médicos e Cirurgiões (Missouri). Participou da guerra de Secessão (Guerra Civil dos Estados Unidos 1961-1865) como médico cirurgião. É nesse período que Still sente a impotência de aliviar os feridos. Depois da guerra decide voltar a estudar anatomia e fisiologia para tentar compreender melhor o corpo humano, estava convicto que a absorção de medicamentos apresentava muitos inconvenientes para seus pacientes.

 

Um drama modificou para sempre os seus conceitos, uma epidemia de meningite  atingiu a fronteira do Missouri e matou vários de seus pacientes e seus filhos. Still decidiu se retirar e dedicou seus estudos para uma nova filosofia de trabalho. Como possuía conhecimento abrangente de anatomia, fisiologia e semiologia começou a centrar seus estudos nas relações que levam a doença, e não o processo da doença e o sintomas gerados por ela. Apoiou-se sobre as obras de Hipócrates ( 460 a.C.370 a.C), que relacionava doenças com fatores climáticos, raciais, dietéticos e do meio onde as pessoas viviam, além da análise da natureza e experiências que teve com os índios. 

 

A filosofia que Still iniciou centra o paciente em um contexto mais global, onde fatores externos como ambiente, cultura, relacionamentos, atividades diárias e fatores internos personalidade, características hereditárias, bioquímicas influenciam sobre as adaptações que o organismo necessitava realizar para manter a saúde.

 

Na época em que Still viveu, o conhecimento médico como conhecemos estava iniciando, e a cirurgia anti-séptica estava começando a ser introduzida por Lister. As teorias de Pasteur tinham 10 anos, Still também era antiescravocata e adepto dos direitos das mulheres, sendo que quando fundou a primeira escola de Osteopatia aceitava alunas. Sua historia mostra como ele foi um homem a frente de sua época.

 

Quando morava em Kirksville, no Missouri, a fama de Still espalhava rapidamente e pacientes vinham de toda a América o procurar. Em 1892 fundou The American School of Osteopaty em Kirksville, para ensinar seus métodos.

 

Através de Still e seus alunos a Osteopatia começou a difundir para todo os Estados Unidos e mundo. Um de seus alunos John Martin Littlejohn (1865-1947) era escocês e foi paciente de Still em 1897, ficou encantado com a Osteopatia e decidiu iniciar sua formação que terminou em 1900, fundou o colégio de medicina osteopática de Chicago em 1900 e a British School of Osteopathy em 1917 (Inglaterra). Vários europeus estudaram nessa escola e difundiram a Osteopatia para a França, Bélgica, Espanha, Itália e posteriormente para a América do Sul através da Escuela de Osteopatia de Madrid.

 

Vários alunos de Still também ajudaram a consolidar a filosofia Osteopática como: Willian Gardner Sutherland (1873-1954), formou-se em 1900, pai da Osteopatia Cranial; Harold Magoun (1898-1981), Denis Brookes, Harrison Fryette, Fred Mitchell, John Upledger (1932-2012).

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Still
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